quarta-feira, maio 17, 2006

Cinta No pós operatório de plasticas

Quem pretende realizar uma cirurgia plástica precisa estar atento à importância dos cuidados pós-operatórios. Eles são quase tão fundamentais para o resultado final da plástica quanto o próprio procedimento cirúrgico. De acordo com o Dr. Ailthon Luiz Takishima, um dos itens indispensáveis para um bom pós-operatório são as malhas e cintas compressivas. Elas ajudam na recuperação dos tecidos, contribuem para uma boa cicatrização e protegem a pele da região operada. Além disso, essas peças promovem uma significativa melhora nos sistemas circulatórios sangüíneo e linfático, o que é muito importante para o restabelecimento dos tecidos traumatizados. "Durante o procedimento cirúrgico, diversos vasos sangüíneos e linfáticos acabam sendo rompidos. O sangue e a linfa liberados por esse rompimento e pelo próprio trauma cirúrgico se acumulam no espaço intercelular (interstício), afastando as células uma das outras. A água presente na linfa e o plasma sangüíneo, quando acumulados no interstício, provocam o edema, ou seja, o inchaço. Já o sangue, quando disperso nos tecidos, provoca as equimoses, ou seja, as manchas roxas que surgem após qualquer cirurgia", explica.
De acordo com Dr. Ailthon, o papel das malhas pós-cirúrgicas é exercer uma compressão suave e constante, de modo a compactar os tecidos traumatizados durante a cirurgia. Dessa forma, o espaço intercelular também fica comprimido e a água não tem onde se acumular. Na prática, isso significa menos inchaço. Além disso, a compressão também inibe o sangramento dos vasinhos, o que contribui para diminuir a formação das manchas roxas. Outra importante característica das malhas compressivas é ajudar na cicatrização.
Isso ocorre porque, na medida em que se diminui o excesso de líquido acumulado entre as células, elas ficam mais próximas umas das outras, contribuindo para a formação de uma cicatriz mais fina e uniforme, evitando o surgimento de quelóides. De acordo com o Dr. Ailthon, uma boa malha pós-cirúrgica deve ter um bom poder de compressão. De preferência, a peça deve possuir elasticidade em todos os sentidos (no comprimento e nas laterais) e costuras do lado de fora, para não agredir a pele. Na hora da escolha, é indispensável seguir as orientações do médico. Só ele pode definir qual o modelo adequado para cada cirurgia e qual o tamanho ideal para comprimir, sem apertar demasiadamente. "O paciente, quando anestesiado, não consegue perceber se a compressão da malha está adequada. Isso é perigoso, pois se a peça apertar demais, pode impedir a circulação e até causar necrose tecidual", adverte o cirurgião. Normalmente, a malha compressiva é colocada ainda no centro cirúrgico, e deve ser usada por um ou dois meses, conforme o caso. Durante esse período, a peça precisa ser ajustada, pois ela vai se tornando mais larga conforme o corpo desincha. Uma boa dica é verificar se a empresa que a comercializa oferece ajuste gratuito.
Além de usar a malha pós-cirúrgica, a maioria dos profissionais recomenda sessões de drenagem linfática e caminhadas leves, dependendo da cirurgia. Essas atividades intensificam os efeitos das malhas, pois também ativam o sistema circulatório. Somados, todos esses cuidados garantem não só uma recuperação mais rápida e confortável, como também contribuem para que o resultado da sua plástica faça jus à técnica do cirurgião.



Matéria da Revista Plástica e Beleza

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